A restrição de crédito no mercado motivou a Caixa Econômica Federal (CEF) a anunciar, no início do mês, medidas para facilitar a compra da casa própria.
A partir de agora, o limite máximo para financiamento de imóveis usados sobe para 70% para a população em geral e 80% para servidores públicos. Em abril de ano passado esse limite tinha sido reduzido para 50%. Na prática, será possível financiar um imóvel dando uma entrada menor, podendo inclusive, utilizar o FGTS como entrada.
O prazo máximo de financiamento é de 35 anos e o valor máximo dos imóveis é de R$ 750 mil (em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal) e R$ 650 mil para os demais Estados. As taxas de juros variam de acordo com o valor do imóvel e da renda do comprador, porém, em qualquer situação ficam abaixo da inflação e do IGP-M, índice usado para reajuste dos alugueis.
Essas condições são válidas para financiamentos que usam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
A Caixa também anunciou que vai retomar as operações de financiamento do segundo imóvel com as mesmas condições consideradas para o primeiro imóvel. Ou seja, quem tem um financiamento por meio do SBPE pode tomar um novo crédito nessa mesma linha.
Outra medida anunciada é a liberação de R$ 7 bilhões para financiamento pela linha de crédito FGTS Pró-Cotista. Essa linha tinha pouca relevância até o ano passado, quando foram liberados para ela R$ 5,7 bilhões. Nos últimos meses, porém, a Caixa havia suspendido a realização de novos financiamentos. Para contratar esta linha é preciso ter conta ativa no FGTS e um mínimo de 36 contribuições ao Fundo (seguidas ou não); caso não tenha conta ativa é preciso que o saldo total no Fundo seja igual ou maior que 10% do valor do imóvel ou da escritura (o que for maior).
Essa renda é voltada para famílias com renda acima dos limites do Minha Casa Minha Vida e oferece um dos juros mais baratos do mercado. É possível financiar até 80% do valor do imóvel, novo ou usado, e o prazo máximo de financiamento é de 30 anos.